quarta-feira, 26 de setembro de 2007

overdose

Um dia cheio de vida.
Nossa é tanta vida que eu nem sei.
É uma overdose de cocaína, deve ser. Sem cocaína, detalhe.
Tanta vida, tanto amor dado, que num sei nem como é que eu to viva ainda.
Achei que essas coisas esgotassem. Que chegasse uma hora em que a pessoa caísse dura no chão, de tanto que já se divertiu hoje.
Não me conheço hoje. Foi tudo, absolutamente tudo, leve e divertido.
As trocas, os olhares, as cenas, as fofocas. Até as fofocas.
A única coisa que estragou foram as fofocas, mas sei lá....deve ser parte da natureza humana. Que nem ontem no programa em que os casais tinham 24 horas pra transar o quanto quisessem e perderam 14 delas tentando conquistar as meninas.
Muito bom.
Preciso mais desse negócio puro. Desse transbordo de vida de alegria.
Quer dizer....não sei se eu agüento. Eu to exausta.
Parece que nunca tinha feito isso, mas eu lembro.....na minha Infância, era assim todos os dias.
A gente fica velho e com preguiça de viver? De dar sem esperar nada em troca? Sim. Com certeza. No meu caso.

bandejão-cenas-andré-passado-agora-amizade-maluca-consolo-choro-bom-bandejão-ônibus-espinafre-creme-de-espinafre-novidades-pessoas-pessoas-pessoas-não-necessariamente-nessa-ordem.

Faço das palavras de Julieta as minhas:
“Quanto mais lhe dou, mais eu tenho”.

Underdose

Hoje eu acordei puto.
Acordei sem a menor vontade de acordar. Hoje eu levantei e já senti uma fisgada na perna, bati com o dedinho no batente da porta do quarto e mijei fora do vaso sanitário.

No café da manhã, derramei o leite na toalha que acabava de ser tirada do armário e deixei o pão, cheio de requeijão, cair no chão de ponta cabeça. Não contente, depois de vestido e pronto pra trabalhar, sujei minha camisa de pasta de dente.

Logo percebi que não era pra ser o dia. Meus ombros estavam tensos, o ônibus lotado e eu com muita pressa. Mas pressa de que??

Passei o dia bufando, relcamando, clicando e forçando a contração dos meus músculos faciais pra, no fim do dia, ter conseguido fazer tudo o que precisava fazer.

E aí o dia passou, esfriou e o céu escureceu. Era hora de voltar pra faculdade e terminar um trabalho que deveria ser entregue na primeira aula. Pra variar, consegui terminar. Na adrenalina mas consegui.

E aí, no fim do dia eu encontrei todos aqueles que sempre estão do meu lado. Olhei pros olhos de cada um deles e pensei: "Tá tudo certo. Tá tudo sempre certo. Se não tá, vai ficar."

E é sempre a mesma coisa. Eu sempre escolho sofrer, brigar e reclamar mas no fundo eu sei que dá pra fazer as mesmas coisas sorrindo e cantando.

É sempre assim.